sábado, 6 de novembro de 2010

Liberdade

Deixei a água lavar minh'alma, deixar tudo que me pesava ir pelo ralo, a angústia, o sofrimento que sempre me acompanharam, deixei que fossem, resolvi me libertar, abrir meus olhos para um mundo mais bonito, mais leve que me aguardava do lado de fora.
Desliguei o chuveiro e deixei a água escorrer pelo meu corpo levando junto de si tudo que eu queria que fosse. Lavei-me dos pés à cabeça de pura liberdade. Me livrei de tudo, do sofrimento, de mim, de você, de nós.
Sorri, me senti feliz denovo, depois de meses, pude sorrir novamente. Respirei fundo e saí, para a vida, para novos rostos, novos olhares, novas bocas, para um mundo que eu havia esquecido, que havia deixado em uma gaveta esperando para ser descoberto novamente. Pude ouvir um som ao longe, que prendeu minha atenção e me fez dançar, dançar ali no meio da formalidade do desconhecido, olhares estranhos me olhavam estranhamente, mas eu sou livre agora.
Sinto-me como um pássaro libertado da gaiola que o limitava a olhar o céu de longe sem poder saboreá-lo, sem sentir o vento, sem poder voar sem rumo, para onde o vento levasse, agora eu posso.
Vou voar, para onde for, sem destino, sem hora para voltar.

Um comentário:

  1. Teus textos me trazem tranquilidade hahahha
    Sério, adorei!
    Seguindo, se puder: http://oespelhopartido.blogspot.com/

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