sábado, 15 de janeiro de 2011

baú do tesouro

Tenho um pequeno baú escondido no fundo do armário. Nele, guardo coisas que catei por aí, lembranças, minhas ou que achei jogadas no meio fio de uma avenida vazia, fotos, objetos, versos, sorrisos, estrelas, raios de Sol atrevidos que fugiram detrás das nuvens de dias nublados, tem amores não correspondidos, aqueles que me fizeram ter o coração fraco até hoje.
Meu pequeno baú agora está empoeirado, de vez em quando tiro-o de seu relicário e tiro o excesso da poeira com um forte sopro de compaixão, depois limpo-o com cuidado para não machucar, afinal de contas são preciosos pedacinhos de uma vida frágil, que tive todo o cuidado de registrar cada momentinho insignificantemente especial.
Juntei mais algumas coisas que catei, como aquele anúncio de bazar de livros onde o conheci, o primeiro sorriso dele para mim, mais algumas estrelas, algumas poucas histórias curiosas que tenho catado pelos becos da vida, aquela estrela cadente que por sorte enxerguei, tinha mais umas bobagens que juntei também. Guardei todas com um imenso cuidado para que não sofressem nenhum dano.
Dei mais uma admirada em todo meu tesouro e fechei o baú para guardá-lo novamente.
Saí para catar mais preciosidades que a vida reservou para mim.

Um comentário:

  1. Nossa que coisa linda! Me apaixonei pela escrita, suave, doce e firme. Gosto disso, parabens.

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